Com ar banal limpo vagões
De trens que partirão
Rumo às cidades, ruas, vilas
Batendo em muros, pontes, portões
Seguindo, tropeçando em vestidos de noivas
Amadas, deixadas, caladas
Carruagens fazendo passagem de uma nova estação.
E minhas mãos calejadas
Anônimas, descartadas
Se fazem presentes nessas histórias diárias
Mantidas em diários
Guardados sem fundo
Sem poço
Com gosto
E gestos
Concretos.
Passageiros.
São crianças correndo, derrubando migalhas
São mães cansadas, gritando, contendo
Velhos ranzinzas- cegos, surdos, mudos-
Que mostram absurdos
Verdades cidadãs.
Formo, desformo
Caso, descaso
Começo, acabo
Em idas e vindas
Continuo parado
Cidade minha
Refúgio isolado.
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