São fios
E laços
Entre nós
Descalços
São vertentes
Vigentes
Vindo
De repente
São cores
Temores
e
Dores
Não há sal
Nem sol
Não há feijão
Nem lençol
Não há piso
Nem mar
Não há nada além de mar
De lixo
De grito
Sem sentido
Sem certeza
São palafitas!
Cheias de fitas de uma só cor
Sem voz
Nem vez
São homens amarrados
Largados
Descaso!
Sâo mulheres sangrando
Pelas pernas
Pelos olhos
Pelos filhos
E crianças doentes
Doando abrigo
Sem ter abrigo
Mas há iris aberta
Há cão sem coleira
Há chão sem sujeira
Há paletó sem carteira
Há planeta sem ser celeiro
E poeta sem ser carteiro
Mas são...
Nenhum comentário:
Postar um comentário