Sem nome, mas é teu

Meu peito aberto
Ferido e sangrento
Grita sem força
Abre minha boca
E sai refrão
Nomenclatura, vazão

Meu corpo doendo
Minhas mãos tremendo
Meus pés correndo - À ti
Minha mente exausta
Meus olhos inchados
São fardos e fatos que provam passagem de ternura sem fim

Eu falo de amores insuperáveis
De paixões alimentadas
Mas agora falo de nós
Nós que rendeu laços e fios
Vermelhos

Nós que eu não consigo mais carregar
E transborda pelos olhos
Nós que me impede de escutar
Melodias eternas
Volta não embala mais meus dias
Mas atormenta minha mente
Aperta meu peito
E enforca minha garganta

Assim como eu queria poder mudar todas as plantas do nosso jardim
E acordar em teus braços de novo
Eu também queria poder regar nossa árvore de planos futuros
E expor nossas caixas
E terminar nossa poesia
Vender nossos papéis
E pintar de azul
A porta de entrada da via láctea só pra te ver chegar

Te receberia

Meus dias são imensos pra serem encaixados em formas
Em letras

Nem precisaria voltar

Te procuraria