quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Vinte

Não vejo mais reflexo
Não vejo mais abrigo
Só enxergo excesso
Sem ninguém pra segurar minha mão

Sem sentir o chão
Mergulho em profundidade amarga
Sem misturar as cores
Afundo em pretos e brancos

Pretas são minhas pegadas
Brandas não são minhas armas apontadas
Me armo com pontos
Vírgulas e travessões

Atravesso multidões
Sem um pio de soluço
Grito em mute
Sons que penetram o vácuo

Não sei quem sou
Não sei quem serei
Só sei quem fui
Mas não o que me tornei

Volta:   Poesia
Cores
Corpo
Alma
Com minha boca que chama
Clama!
Meu retorno pra casa.

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