terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Às vezes

De vez em quando eu venho aqui
Às vezes eu te encontro
Noutras me encontro
Sem ter mão minha
 Senão a tua
Sinto nua vastidão
Sinto solidão sideral

Mas vez por vez cresce mais
Pequenos pontos de ar
e me pinto de vento
Me transformo em brisa
e voo

Mas de cada vez
De vez em quando eu volto aqui
e vejo crescer
Furacão
Rodopiar tornados
Em melodia de ventania

Sou eu que moro aqui
Tu nem tanto
De vez em quando vens
Tens cartão visita e limpa os pés no tapete
Mas a casa não é tua
É minha, porque às vezes que sou são tantas
que só eu sei

Subo comigo
Não sozinha
Às vezes contigo
Mas maioria órfã

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