domingo, 28 de maio de 2017

(Re)início na despedida


Às vezes a gente finge que não precisa mais fazer verso
Rimar a sorte e o subjetivo
Tem vezes que a gente acha todas as dores superáveis
Outras vezes a gente sente que nem sente mais, que nem corrente tem
Mas um dia de repente nosso corpo 
cai e amolece, 
derrete e esquece 
todas as nossas mentiras pessoais
A verdade é que ainda precisamos rimar dores existentes que sentimos além de nós
A verdade é que toda farsa se monta em certezas incalculáveis
Por isso nem sempre nossa falta de água e sal são elementos fiéis
Somos feitas de canções compartilhadas, distâncias obrigadas e amores insuperáveis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário