Às vezes a gente finge que não precisa mais fazer verso
Rimar a sorte e o subjetivo
Tem vezes que a gente acha todas as dores superáveis
Outras vezes a gente sente que nem sente mais, que nem corrente tem
Mas um dia de repente nosso corpo
cai e amolece,
derrete e esquece
todas as nossas mentiras pessoais
A verdade é que ainda precisamos rimar dores existentes que sentimos além de nós
A verdade é que toda farsa se monta em certezas incalculáveis
Por isso nem sempre nossa falta de água e sal são elementos fiéis
Somos feitas de canções compartilhadas, distâncias obrigadas e amores insuperáveis.
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